Falsificador, que seria líder do grupo, aguardava trio de mineiros do lado de fora do prédio, onde receberia a quantia de cada um. Ele também foi preso
Arthur Leal
Durante um pedido de visto para três mineiros no Consulado Americano , nesta sexta-feira, no Centro do Rio , funcionários desconfiaram de alguns dos documentos apresentados, entre eles, contracheques e declarações de imposto de renda. A Embaixada, então, acionou a Polícia Civil , que, com homens da 5ªDP (Mem de Sá), e apoio da Subsecretaria de Inteligência ( Ssinte ), foram ao local e realizaram a prisão em flagrante , não só do trio, formado por José Carlos de Souza, de 32 anos, Francisco Dione Gonçalo, de 24, e Diego Bartolomeu de Assis, de 22, como, também, de Merques Rosemberg de Carvalho, de 29 anos. Investigado como o líder de uma quadrilha especializada neste tipo de fraude , ele aguardava pelos “clientes” do lado de fora do prédio. Ele receberia US$ 39 mil dólares — US$ 13 mil de cada. Um comparsa teria conseguido fugir.
Eles se conheceram em Minas Gerais, e o Merques, que os aguardava do lado de fora, acreditamos que faça parte de uma quadrilha especializada neste tipo de crime. A quantia seria acertada caso eles conseguissem os vistos, e nós iremos verificar estes dados para tentar nos aprofundarmos nesta investigação — conta Geraldo Assed, delegado titular da 5ªDP, que apura o caso.
José Carlos, Francisco e Diego pretendiam obter um visto de turismo para os Estados Unidos. No entanto, à polícia, eles confessaram que, na verdade pretendiam viver clandestinamente nos EUA. O grupo teria sido apresentado a Merques Rosemberg, autor das falsificações, através de um amigo em comum.
— Eles foram apresentados ao Merques por um amigo em comum, que nós acreditamos que também estaria envolvido nesta organização criminosa — concluiu Assed, que não revelou o nome deste suspeito para não atrapalhar o rumo das investigações.
Os três mineiros responderão por portar documentos falsos. Merques Rosemberg de Carvalho, por falsificação de documentos.