Os preços do paládio atingiram o valor recorde de US$ 2.000 (cerca de R$ 8.126) a onça, após um ano em tendência de alta.
Os preços elevados podem ser explicados pela oferta global limitada do metal, reportou a Bloomberg.
“Na maioria dos casos, a cura para os preços elevados são os preços elevados, mas não para o paládio”, disse analista Tai Wong da BMO Capital Markets.
O analista se refere à tendência dos altos preços estimularem o aumento da oferta de uma determinada commodity, o que regularia o preço a médio prazo.
No entanto, esse não aparenta ser o caso do paládio. Apesar da demanda pelo metal estar em alta, estimulada por regulações ambientais que estipulam o uso de metais autocatalisadores, a oferta mantém-se estável.
O Citigroup Inc. projeta que os preços do paládio atinjam US$ 2.500 (cerca de R$ 10.157) no primeiro semestre de 2020.
Cortes de energia elétrica em grandes minas de paládio da África do Sul geraram choque de oferta neste mês, o que aumentou ainda mais os preços.
“Aparentemente não há nenhum fornecimento novo e pronto [de paládio] a um preço razoável. Por isso, os preços devem continuar subindo, embora talvez com maior volatilidade”, explicou Wong.
Nesta terça-feira (17), o preço à vista do paládio subiu de US$ 1.990 (cerca de R$ 8.123) para US$ 2.000 (cerca de R$ 8.126) a onça em poucas horas, um aumento de 1.1%.
O aumento acumulado do ano atingiu 58% e deve fechar dezembro em alta pelo sétimo trimestre consecutivo.