Nesse período em que ficamos totalmente introspectivos com o balanço que fazemos das nossas vidas, os pensamentos contradizem com nossas costumeiras ações… Fazemos tantas juras, quebramos tantas promessas… Começaremos uma dieta, mas descontamos no cardápio natalino as nossas amargas incoerências, gritamos para todos ouvirem que perdoamos, mas a magoa ecoa em nosso interior… É tempo de mudança, de renovação, de comunhão… A cada ano um lugar em nossa vida está desocupado, pode ser por nossa escolha, pode ser por escolha da outra pessoa, pode ser pelos desígnios superiores ou quem sabe pela nossa predestinação. Tudo nos faz lembrar, tudo nos chega de uma forma muito mais tocante… Ficamos emotivos, ficamos sensíveis, ficamos desassossegados… São mesas fartas e ao mesmo tempo tantas mesas vazias, são famílias numerosas e ao mesmo tempo família que contém uma única pessoa… É uma data de celebrar, é uma data de reverenciar é uma data de agregar, pois é o nascimento, é o ressurgimento do amor único, do amor universal e acima de tudo do amor celestial. Somos tocados em todos os sentidos, somos tantos em um único corpo e somos tantos em corpo algum… O otimismo é necessário, é primordial, é um antídoto, pois sem ele tudo perde a razão, a noção a oração… Que saibamos perdoar, que continuemos imperfeitos na busca da perfeição… Que a nossa urgência em ter se transforme na obrigatoriedade em ser, e que sendo sejamos exemplo, sejamos ponte, sejamos união. Que cada palavra lançada no momento de ira se transforme uma estrela cadente e que cada perdão guardado seja um lindo presente de Natal. Muita luz sempre em nossas vidas.
Por Alberto Pires