Sócrates, Jesus Cristo, Giordano Bruno, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Irmã Dorothy, Mariele Franco etc. Todos acabaram sacrificando as suas próprias vidas por acreditarem em uma ideia, contudo isso não significa dizer que sempre que se diz o que se pensa ou o fato de lutar por uma causa seja este o único fim possível, Pois existem aqueles que dizem o que pensam e estão vivos, mas sempre deixando claro de que lado estão. Por exemplo, qual é o preço da voz do pensador Eduardo Marinho? Por que eu o considero uma das pessoas mais sinceras naquilo que diz ao povo brasileiro, pois não tendo ele ligação partidária, emprego conseguido por apoio político, grandes empresas financiando os seus vídeos… A sua voz é sem preço, pois ele não tem por que omitir o que pensa por medo de perder algum benefício. O problema é que na sociedade em que vivemos, a imensa maioria das vozes tem preço. Sendo que por causa disso, o silêncio impera em muitos que dizem ter liberdade de expressão. Afinal se você pensa duas vezes antes de expressar a sua indignação é por que a sua liberdade de expressão é silenciada sobre determinados assuntos. Sendo isto feito sem o uso dos mesmos mecanismos dos regimes ditatórias, escravocratas, todavia tão eficientes quantos.
Quantas pessoas em Ipirá podem postar nas redes sociais o que pensa sobre a política local? Podem reparar que isso dependerá do envolvimento que a pessoa tem com o partido em questão. Se ela nunca ganhou nada, ela diz o que pensa. Se ela ganha alguma coisa, ela adere à cumplicidade silenciosa. E assim foi é e será enquanto os nossos valores tiverem preço. Teve um professor de filosofia da Uefs que disse numa aula que “O Capitalismo mata a alma humana”. E essa é uma das poucas convicções que eu tenho, pois fizemos do capital uma divindade e a cultuamos por meio da desumanidade, do egoísmo, da usura, da sabotagem do outro etc.
Muitos entre nós servem a Mamon e usam o nome de Jesus Cristo como uma citação apenas. E por assim procederem, não deveriam queimar ou criticar Judas Iscariotes, pois são tão Sepulcros Caiados como este o fora. Esse texto é uma homenagem àqueles que a voz não tem preço e que agem em prol daquilo que acreditam até o último suspiro, “pois paz sem voz não é paz, é medo”.
