Quase 70% das áreas de proteção da Amazônia estão sob ameaça, diz estudo

Pesquisa foi realizada pela Rede Amazônica de Informação Ambiental Georreferenciada (Raisg), sob a coordenação da ONG Instituto Socioambiental

Foto : Agência Brasil

Pesquisa foi realizada pela Rede Amazônica de Informação Ambiental Georreferenciada (Raisg), sob a coordenação da ONG Instituto Socioambiental

Por Juliana Rodrigues

Um levantamento realizado por pesquisadores de seis países e divulgado pela BBC hoje (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, identificou que 68% das áreas de proteção ambiental e territórios indígenas da Amazônia são ameaçados por projetos de infraestrutura, planos de desenvolvimento econômico e atividades de exploração da maior floresta tropical do planeta. O estudo foi realizado pela Rede Amazônica de Informação Ambiental Georreferenciada (Raisg), sob a coordenação da ONG Instituto Socioambiental, com base em dados de governos e informações de imagens de satélite.

Atualmente, existem 390 milhões de hectares dedicados à conservação ambiental e territórios indígenas, de um total de 847 milhões de hectares da chamada Pan-Amazônia. Essa área compreende não apenas os 62% da floresta localizados no Brasil, mas também sua extensão em outros sete países – Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e um território de outro país na América do Sul, a Guiana Francesa.

Foram analisados os impactos de seis tipos de intervenções: obras de infraestrutura de transporte, hidrelétricas, mineração legal, extração de petróleo, queimadas e desmatamentos. Três ou mais destes fatores ameaçam 43% das áreas protegidas e 19% dos territórios indígenas.
No caso brasileiro, a atividade de mineração é uma das principais ameaças. O país lidera em área de floresta destinada a essa atividade entre as nações amazônicas, com 108 mil hectares, o que representa 75% do total.

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