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O principal órgão de decisão das Nações Unidas reuniu ontem pela primeira vez para discutir a crise da pandemia da Covid-19. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para o facto da crise sanitária estar a ser “uma ameaça à paz e segurança a nível internacional”.
Nas últimas semanas, o Conselho de Segurança foi alvo de críticas quanto à inacção em fazer frente à pandemia da Covid-19.
“É a luta de uma geração” afirmou António Guterres. O Secretário-geral da ONU voltou a alertar para o facto do mundo está a enfrentar o “teste mais difícil desde a fundação das Nações Unidas”.
António Guterres pediu “unidade entre os países que compõem o grupo” e afirmou que “o compromisso do conselho é fundamental não só para mitigar as consequências da pandemia na paz e na segurança”, alertando ainda para “os riscos alarmantes como a possibilidade de novos ataques terroristas, erosão da confiança nas instituições públicas, instabilidade económica e tensões políticas por adiamento de eleições”.
No plano económico, “as consequências da crise podem criar causas de stress importantes, particularmente em sociedades frágeis, países menos desenvolvidos e em transição”, alertou o Secretário-geral das Nações Unidas.
“A pandemia levanta desafios de direitos humanos“, lembrou António Guterres. Numa altura em que o Covid-19 já atingiu 1,6 milhões e tirou a vida quase 100 mil pessoas no mundo.
A reunião foi solicitada por um grupo de membros não permanentes depois de tensões crescentes entre os Estados Unidos e a China terem impedido uma acção imediata deste órgão de decisão das Nações Unidas.
No entanto, esta quinta-feira os 15 membros do Conselho de Segurança não conseguiram chegar a acordo para emitir uma declaração conjunta.
