por Matheus Caldas / Jade Coelho
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) não consegue atender 71,6% das ocorrências em que ela é convocada, conforme dados obtidos pela reportagem do Bahia Notícias. Titular da pasta, Felipe Lucas diz desconhecer a porcentagem, mas admite que é necessário priorizar certos tipos de casos.
“Existe um percentual, sim, que não atendemos, porque estamos com muitas equipes nas ruas. Às vezes, a gente precisa filtrar ou priorizar outras demandas maiores”, explica, em entrevista ao BN.
“São 163 bairros que a Semop atende. Estes 30% que a Semop atende representam milhares de denúncias que resolvemos. Nós, naturalmente, temos um número expressivo que é humanamente impossível de atender todos. A que se deve esse número, que eu não tenho certeza”, pontua.
Ainda segundo o secretário, há uma proposta para que se aumente o número de agentes fiscalizadores. Contudo, ele reforça que, na alta estação, é habitual ocorrer mais pedidos de intervenção da Semop. “É uma proposta que pensamos. Temos um número expressivo de agentes. Agora, chega esse período de alta estação, as denúncias quintuplicam, aumentam 10 vezes. A cidade começa a viver um período de efervescência, de clima em que as pessoas param no posto para conversar e ligam o som, ou nas suas casas e áreas de convivência, enfim. Esse período, de fato, é comum que o número de denúncias cresça por conta da entrada de mais pessoas na cidade”, analisa.
Em Salvador, os bairros com maior número de denúncia por conta do volume do som são Pernambués, Rio Vermelho, Itapuã, Pituba e Cajazeiras, respectivamente. Fecham o top 10 Boca do Rio, Liberdade, Fazenda Grande do Retiro, Paripe e São Marcos.
As maiores ocorrências acontecem por conta de veículos particulares, seguidos de bares/restaurantes/boates e, em terceiro lugar, residências.