Por Leonardo Gusmão Dultra
Dizia seu Landulfo, homem meio neurótico e resmungão que arte era coisa de PSOL e de comunista maconheiro, que a gente precisava ver mesmo era o que melhorava o mundo, na real.
Dizia impávido: o que muda o mundo não é um quadro pintado e sim um novo medicamento que combata alguma doença, a invenção do avião, a construção civil!
Seu Landulfo só gostava muito do design do carro que comprara a pouco tempo, adora ver netflix e o desenho do Pica Pau logo cedo pela manhã; nos finais de semana ao tomar seu wisquezinho e sua cervejinha não dispensava uma boa música, a casa é toda enfeitada de africanas e decorações de cerâmicas , coisas de sua mulher.
Adora roupas de grifes e bem estilosas. Na ida para o trabalho – no caminho – ouve músicas da rádio Brasil. Coloca seu óculos escuro paloso e vai cantando pela orla , assoviando, tchururu tchururu tchururu, nessas horas esquece até dos problemas, parece até outra pessoa. Está pensando agora até em fazer uma tatuagem no braço e tudo!