O Globo, com agências interncionais
BRASÍLIA — A solução para a extração ilegal de madeira na Amazônia é “monetizá-la”, abrindo áreas para o desenvolvimento comercial, afirmou o ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, em meio a uma crescente mobilização global sobre incêndios florestais e desmatamento na floresta amazônica.
Segundo o ministro, as pessoas recorrem a atividades ilegais, criminosas, porque não têm espaço para fazer algo dentro da lei, o que tem sido muito restritivo para o desenvolvimento de áreas da Amazônia.
— O fato é que leis e regulamentos que foram promulgados e usados nos últimos 10 ou 20 anos foram muito restritivos para o desenvolvimento das áreas da Amazônia. É por isso que as pessoas vão para as atividades ilegais, para as atividades criminosas, porque não têm espaço para fazer algo dentro da lei — disse Ricardo Salles em entrevista ao jornal britânico “Financial Times”.
Referindo-se aos 20 milhões de habitantes da Amazônia, Salles afirmou que é preciso reconhecer que existem pessoas reais vivendo na região e que é preciso dar uma resposta concreta a eles e não simplesmente dizer que não podem fazer nada na área.
— Isso não é razoável, nem sequer é viável. Queremos mostrar que, se os investimentos chegarem, e se distribuirmos esses investimentos para as pessoas que vivem lá, eles vão manter a floresta tropical, e não se envolver em mineração ilegal ou exploração madeireira — acrescentou o ministro.