Walter Delgatti Neto contou que sempre se comunicou com jornalista de maneira virtual
Por Metro1
Preso pela Polícia Federal (PF), durante a Operação Spoofing, o suposto hacker Walter Delgatti Neto contou em depoimento que a ex-deputada federal Manuela d´Ávila (PCdoB) foi a intermediária entre ele e o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, que começou a publicar o conteúdo das mensagens em 9 de junho. As informações são da TV Globo.
Ele disse que através da conta do Valoriza MPF, criada pelo procurador da República, José Robalinho, conseguiu o contato do deputado federal Kim Kataguiri (DEM), e que através da agenda do deputado obteve de Manuela Dávila. Ele disse que pediu para a ex-parlamentar o número do jornalista, pois possuía um material.
“Ela não acreditou no contato, e então encaminhou um aúdio entre dois promotores como forma de provar. Ela então então em contato com Glenn e então recebeu mensagem do jornalista Glenn Grennwald, dizendo que tinha interesse no material. Como o acervo era volumoso, criou uma conta no Dropbox pra compartilhar os documentos. Que não conhece Glenn nem ninguém da sua equipe e que nunca recebeu valor ou vantagem em troca do material”, revela trecho do depoimento.
De acordo com a reportagem, Delgatti detalhou também como chegou aos arquivos do coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, contou que não recebeu nenhum dinheiro em troca do diálogo, e que sempre se comunicou com Glenn de maneira virtual, sem revelar a própria identidade.
