STF nega liberdade a Lula e deixa julgamento de suspeição de Moro para o segundo semestre

Os cinco ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram no começo da noite desta terça-feira (25) manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segunda instância e preso em Curitiba desde abril de 2018 (Marcelo Gonçalves/Sigmapress/Estadão Conteúdo)

Os cinco ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram no começo da noite desta terça-feira (25) manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso.

Em sessão hoje, os ministros julgaram apenas um dos dois pedidos de habeas corpus apresentados pela defesa do petista – e ele foi rejeitado. Os ministros também rejeitaram uma proposta de Gilmar Mendes de soltar Lula nesta noite provisoriamente, até que o segundo pedido fosse julgado.

Votaram contra proposta de liminar os ministros Fachin, Cármen Lúcia e Celso de Mello. Apenas Lewandowski votou com Mendes.

Mendes foi o primeiro a se manifestar a respeito do segundo pedido de habeas corpus. O ministro mencionou as reportagens do site The Intercept Brasil sobre mensagens atribuídas ao então juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
O ministro disse que elas colocam em dúvida a atuação de Moro. Como, porém, o conteúdo das conversas ainda não é totalmente conhecido, Mendes propôs esperar um pouco mais para voltar a julgar o pedido da defesa.

Enquanto isso, propôs o ministro, Lula deveria ser libertado até que o HC seja julgado.

O julgamento
O primeiro recurso apreciado questionava decisão individual do ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Félix Fischer, relator dos casos da Lava Jato naquele tribunal. No segundo HC, a defesa de Lula argumenta que Moro é “inimigo” do ex-presidente. Não estaria, portanto, apto a julgá-lo.

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