O país nórdico, que sempre foi referência no setor habitacional, enfrenta agora uma ameaça de crise
A urbanista Raquel Rolnik está na Suécia, como professora convidada na Universidade de Uppsala, onde apresentou seu recente livro, Urban Warfare, e se reúne com estudiosos da questão urbana com visitas em conjuntos habitacionais. Na década de 1960, 1/3 das casas foi feito por cooperativas de trabalhadores, outros dois grupos foram divididos em casas para venda e aluguel.
Com uma arquitetura além do seu tempo, as casas foram construídas para famílias de todas as faixas de renda. O fato é que, a partir dos anos 80, parte desse estoque de moradias foi vendida para grandes nomes do mercado financeiro do setor e, com isso, a crise na habitação ameaça o país, já que muitos não têm condições de pagar. “O que está começando a se verificar, sobretudo em áreas que concentram muitos imigrantes, é uma superocupação dos apartamentos, uma degradação dessas condições de moradia”, diz a colunista. O assunto foi o tema da coluna Cidade para Todos desta quinta-feira.