Tacla Duran sugere que Moro sabia que doleiro dos doleiros Messer foi poupado no caso Banestado

Panela de Curitiba fervendo… tudo estava combinado com o Russo… Rodrigo Tacla Duran, no twitter

Panela de Curitiba fervendo… tudo estava combinado com o Russo… Rodrigo Tacla Duran, no twitter

Da Redação -02/02/2020 – 12h29

O advogado Rodrigo Tacla Duran, réu na Operação Lava Jato e refugiado na Espanha, sugeriu em sua conta no twitter que a delação de um parceiro de Dario Messer, um dos envolvidos no escândalo do Banestado, foi combinada com o juiz federal Sergio Moro para poupar o doleiro dos doleiros.

Sergio Moro foi o juiz do caso Banestado, no qual atuou com procuradores que hoje servem à Operação Lava Jato.

Três procuradores agora são suspeitos de poupar Messer.

A suspeita foi levantada pelo próprio Ministério Público Federal do Paraná.

“Clark Setton, apontado como sócio de Messer, teria omitido crimes atribuídos ao seu parceiro em suas confissões”, informa hoje o UOL.

A delação de Setton foi fechada com integrantes da Lava Jato em 2005, quando três deles trabalhavam no caso Banestado: Deltan Dallagnol, Orlando Martello Junior e Januário Paludo.

Messer já afirmou ter pago propina a Paludo em troca de mensagens com sua namorada Myra Athayde.

As mensagens foram interceptadas pela Polícia Federal durante a Operação Patrón, deflagrada pela Lava Jato no Rio.

Messer foi alvo desta operação dentre outros motivos por sua ligação com o ex-presidente do Paraguai, o hoje senador Horácio Cartes.

Ambos são suspeitos de lavar dinheiro proveniente do contrabando de cigarros e que poderia ter ligação, ainda que indireta, com o tráfico de drogas.

Durante o escândalo do Banestado, Messer teria feito pagamentos mensais a Paludo para frear investigações.

O procurador da Lava Jato nega.

O caso foi encaminhado à Procuradoria Geral da República.

Na mensagem à namorada, Messer diz que “esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês”.

Os meninos são Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca, parceiros de negócios de Messer.

Em depoimento à Justiça, eles disseram que pagavam U$ 50 mil mensais ao advogado Antonio Figueiredo Basto para garantir proteção a Messer no MPF e na PF.

O advogado nega. Messer, chamado a depor sobre a denúncia, calou-se.

O UOL cita a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o escândalo e concluiu:

A soma de indícios é tão numerosa que não deixa qualquer dúvida. Dario Messer comanda uma rede de operadores de mercado paralelo (doleiros). Dentre eles, está o Kiko, Clark Setton.

Setton, em sua delação, através da qual obteve benefícios variados, simplesmente omitiu Dario Messer.

Messer nunca foi preso pelos crimes dos quais era suspeito no caso do Banestado. Ele só “caiu” em 2018, quase uma década e meia depois.

Quando depuseram à Justiça, Tony e Juca “afirmaram que, durante o período em que Setton confessava crimes do caso Banestado, Messer pagava o advogado Figueiredo Basto para que estivesse protegido em investigações”, de acordo com o UOL.

O UOL afirma ter procurado os três procuradores que negociaram a delação de Setton.

Deltan Dallagnol, Januário Paludo e Orlando Martello Jr. não quiseram se pronunciar.

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