Iniciarei esta coluna com uma pergunta feita por alunos quando eu ensinava Filosofia no Colégio Estadual Maria Evangelina Lima Santos: “Quem criou Deus?!” O que é interessante dessa pergunta ser feita numa aula de Filosofia é que um filósofo citado no texto anterior a responde (em parte), pois quando o filósofo Feuerbach diz que “Deus é apenas a expressão do próprio homem”. É um aforismo que sintetiza toda a lógica de crença do Politeísmo e do Monoteísmo seja no ocidente ou no oriente. E nesse enigma da misteriosa compreensão da deidade, eu me ouso a dizer que os ateus são os verdadeiros despertos da humanidade (até certo ponto), pois conseguiram desconfiar que havia algum problema nestas figuras que receberam esta denominação durante a história da humanidade. Segundo o ufólogo Erich von Däniken no livro: “Eram os deuses astronautas?” muitos destes chamados de deuses são apenas seres que vieram de outros planetas e dessa base de conhecimento que surgem as mitologias e os sistemas de crença, pois segundo Thomas Bulfinch no: “O Livro de Ouro da Mitologia – Histórias de Deuses e Heróis”: “todas as lendas mitológicas têm sua origem nas narrativas das Escrituras, embora os fatos tenham sido distorcidos ou alterados. Assim, Deucalião é apenas outro nome de Noé, Hércules ,de Sansão, Árion, de Jonas etc.
Quando eu disse acima que o aforismo de Feuerbach responde (em parte) é por que a deidade deve ser compreendida pelo conceito do Henoteísmo que é o culto de um único deus sem se negar a existência de outras divindades. O que complica para você sair da matrix é que Ele não é Alláh, não é Javé, não é Brahma etc.
Então eu voltarei ao conceito dos mestres das Escolas dos Mistérios do Egito Antigo: “Deus é neutro”. Ou seja, Ele não interfere no nosso livre arbítrio, pois ao interferir deixa de ser livre arbítrio. Além disso, complemento que o único conceito que se pôde dizer sobre ele em uma comunicação mediúnica ao médium Jan Val Ellam é a de que “Deus é puro amor”. E para a nossa condição de espíritos encarnados na terceira dimensão submetidos a uma lógica de pensamento tão limitada, nós não fazemos a menor ideia do que é um ser que é puro amor, pois todas as nossas manifestações de amor são imperfeitas. Daí como pensar em um estado de manifestação que seja desprovido de todas as mazelas interiores que manifestamos por toda a vida? E foi e é por isso que aceitamos e idolatramos essas deidades falsas que satisfazem o nosso ego (o nosso falso eu). Por que se trata de um arquétipo que se vinga! E a gente vibra pela vingança! Por que é um arquétipo que manda alguém para sofrer no Inferno! E a gente tem infernos interiores!
Todos os espíritos que estão despertando na Era de Aquário irão se libertar no seu tempo para estas compreensões que foram colocadas aqui e irão atrair outros espíritos que também já compreenderam que não precisamos mais dos cardumes da Era de Peixes. Nós só precisamos do conhecimento e da prática de espiritualização. Sendo você seu próprio mestre e discípulo, aprendendo pelas más escolhas a escolher as boas nem que sejam necessárias várias idas e vindas! Namastê.
Rodrigo Santana Costa é professor e escritor. Publicou a obra: “Clarecer” em verso e prosa.