TRATADO SOBRE OS CONCEITOS DE DEUS (PARTE 5)
Nota-se que os pensadores cristãos tomam a existência de Deus como questão de fé, todavia existiam pensadores que tentaram demonstrar que também que ela podia ser provada por meio de argumentos racionais.
O filósofo Nicolau de Cusa ao refletir sobre Deus disse: “O-que-conheço não é Deus e o-que-concebo não é parecido com Deus”. Ou seja, o conceito de “ser” quando se refere a Deus como algo apreensível, que possa ser compreendido em sua natureza está fadado ao engano por que segundo Nicolau de Cusa: “Deus é o não outro”. Além disso, o filósofo Moisés de Maimônides diz que: “quando os intelectos contemplam a essência de Deus, sua apreensão torna-se incapacidade”. A meu ver, esses conceitos de Nicolau de Cusa e Moisés de Moimônides se aproxima do conceito de Deus como o Theos Agnostos (o Deus desconhecido) dos gregos, com o coceito de “o Incognoscível” dos gnósticos e com o conceito de “Neutralidade” dos egípcios.
A questão que mais me levou a refletir nestes estudos sobre Filosofia da Religião é como então explicar os atributos essenciais de Deus no “torá”, no “Alcorão”, no Vishnu-Puranas se estes atributos o define, mas segundo o filósofo Moisés Maimonides: “Deus é indefinível”?
A resposta a essa questão é que os atributos presentes nessas obras são de um “Demiurgo”. O filósofo Platão é quem traz esse conceito na obra: “Timeu e Critias ou a Atlântida”. Além disso, os gnósticos da Antiguidade Tardia insistiram muito na ideia segundo a qual esse deus criador ou construtor do mundo material (Demiurgo) era distinto do ser supremo (O Incognoscível). Segundo as informações trazidas pelo médium Jan Val Ellam que chama O Incognoscível de Pai Amantíssimo o pouco que se pode dizer sobre este ser é que essa consciência manifesta “amor puro o tempo inteiro”. Portanto a verdadeira blasfêmia é dizer que Deus expressou alguma opinião contra a homoafetividade, pois quem disse aquilo foi um “Demiurgo” que ficou conhecido nas religiões e mitologias com o nome de “Brahma” “Alá”, “Javé”, “Odin”, “Alalu”, “Ialdabahot”, “Kosmocrator”, “O Grande Arconte” etc.
A verdade que eu carrego comigo é que nós não somos educados para pensar e por isso ficamos presos na ignorância acreditando que estamos cobertos de razão sobre questões que são muito mais complexas de serem compreendidas. Há um ditado popular que diz:“não existe almoço grátis”. Daí você espera que eu acredite que alguém bate a minha porta para me dar a verdade em um livro? A questão é que eu estou em estado “pneumático” [termo Gnostico]. Portanto, carrego comigo a condição espiritual de ser compreendido por poucas pessoas e me posiciono em defesa dos homossexuais por que procuro viver essa encarnação sustentando os princípios da dignidade humana.
EU SOU Rodrigo Santana Costa e a minha missão é o esclarecimento.