Ex-deputado baiano foi condenado em 2015 a 12 anos e oito meses de prisão e multa de R$ 1,9 milhão
Por Metro1
O ex-deputado baiano Luiz Argôlo, condenado em abril de 2015 a multa de R$ 1,9 milhão e 12 anos e oito meses de prisão na Operação Lava Jato, recebeu ontem (3) indulto da pena, com base no Decreto Presidencial de Temer publicado em dezembro de 2018. A juíza que concedeu o indulto foi Maria Angélica Carneiro, da Vara de Execuções Penais de Salvador.
A decisão avalia que, nos quatro anos em que Argôlo esteve preso, ele não cometeu falta grave e está pagando as parcelas relativas à multa. A 13ª Vara Federal, em Curitiba, e o TRE devem ser notificados. O indulto deixa o caminho livre para o ex-deputado se candidatar novamente.
Argôlo foi um dos primeiros a ser preso na Operação Lava Jato, em abril de 2015, sendo levado para Curitiba. Ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 16 de novembro do mesmo ano. Ao dar a sentença, o então juiz Sérgio Moro considerou que o baiano, enquanto deputado federal, recebeu parte do dinheiro da propina paga por empreiteiras fornecedoras da Petrobras à Diretoria de Abastecimento da estatal, comandada na época por Paulo Roberto Costa.
A lavagem de dinheiro foi configurada pela ocultação e dissimulação dos recursos recebidos. De acordo com Moro, ficou comprovado que Argôlo recebeu R$ 1.474.442,00 do esquema. O doleiro Alberto Youssef, também investigado e condenado na Operação Lava Jato, declarou que Argôlo tinha conhecimento que o dinheiro vinha do esquema de corrupção da Petrobras, mesmo que Argôlo afirmasse que o dinheiro repassado por Youssef era referente à compra de um terreno da família em Camaçari.